sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Um belo dia...

Era uma vez, uma amiga jornalista que veio a São Bernardo do Campo. Camila era bonita e inteligente, e logo se aproximou de um dos solteirões mais cobiçados da cidade. Ric tinha 42 anos, era um banqueiro bem relacionado que ganhava cerca de quatro milhões por ano. Eles se encontraram de modo bem paulista, em um bar. Foi amor a primeira vista. Por duas semanas, namoraram, foram a restaurantes românticos, transaram maravilhosamente bem e contaram seus segredos mais íntimos. Um dia ele a levou para ver uma casa que ele dizia ser dos "sonhos”. Naquele dia, Ric perguntou se ela gostaria de conhecer os pais dele, ela aceitou. Depois ele ligou com más noticias, ele disse que sua mãe estava doente e que teriam que desmarcar e ela disse que estava tudo bem. Depois de duas semanas sem novidades, ela ligou. Ele disse que estava muito ocupado e que ligaria no dia seguinte. E ele nunca mais ligou.

Isso ela me contou durante um café. Ninguém lhe havia contado que em São Paulo não há mais amor.Bem vindos a “época da não inocência” não há “bonequinhas de luxo”. Ao invés disso, as bonecas trabalham e tem relações que tentam esquecer rapidinho. Autoconfiança e fazer bons negócios são mais importantes. Como foi que isso aconteceu? Há milhares de mulheres na mesma situação nesta cidade. Nós as conhecemos todas e concordamos que são demais. Elas viajam, pagam impostos, pagam 400 reais por um par das sandálias e são solitárias. É como o enigma da esfinge: porque existem tantas solteiras incríveis e nenhum solteiro incrível?

Tenho 3 amigas fabulosas: Nai K, Cami M e Clau M. Clau é o exemplo de São Paulo, diretora de empresa, transa regularmente com bonitões de vinte e poucos. Clau transa como homens (transar e esquecer, sem amor, sem sentimentos.) é isso? As mulheres de São Paulo estão desistindo do amor?

Eu estava almoçando com um amigo quando eu vi Giovana Clériere. Um erro que cometi aos 13... 15 e 18. Eu não sentia mais nada pela Giovana. Depois de tantos anos, conseguia vê-la do jeito que era uma egoísta nojenta com quem tinha tido o melhor sexo da minha vida. No entanto eu queria fazer um experimento. Fui cumprimentá-la, depois chamei ela para transar. Giovana continuava do mesmo jeito, só que melhor, porque dessa vez não vai ter aquela historia complicada de ligação afetiva. Enquanto me vestia (depois de ter transado é claro) percebi que havia conseguido, tinha acabado de transar como um homem (sem sentimentos, esquecer). Sai de lá me sentindo poderoso, potente e extremamente vivo. Sentia-me dono da cidade. Nada nem ninguém poderia me deter. Ate que esbarrei em uma mulher e minha carteira caiu no chão.

1° ela é muito linda.
2° ela não usa aliança.
3° ela sabe que tenho um arsenal de preservativos com reservatório na ponta.

A noite, fui tomar um café com Angelus e ele me contou um segredo intimo chocante: ele não tinha um relacionamento e não transava a um ano. Então disse para ele que iria lhe apresentar minha amiga Nai e o convidei para ir num bar chamado Villa Beer. A Nai ia odiar o Angelus, pensaria que ele estava zombando dela com sua meiguice e o acharia um babaca. Ela já considerava todos os homens uns babacas. Sexta-feira à noite, no Villa, aqui todo mundo te conhece, só que eles se esqueciam de você em cinco minutos. Mas era a nata de São Paulo, batida histericamente. Eu ia livrar o Angelus de uma situação humilhante quando, de repente encontrei a Giovana, ela me disse que gostava de mim assim, sem compromissos, apenas sexo e que quando eu sentisse vontade de transar era só ligar. Não entendi, quer dizer que os homens gostam de mulheres promiscuas e cínicas? E se eu estava transando com uma mulher porque não me sentia mais controlado? Enquanto isso Angelus se encantava inutilmente pela Nai K. Ela disse que o achou legal demais, mas que estava disposta a ignorar uma imperfeição.

E assim, uma outra sexta de passou em São Paulo, e bem quando eu pensei que iria fazer o inimaginável ( voltar a pé para casa ) a mulher que eu esbarrei ontem a tarde apareceu e me ofereceu carona, e eu aceitei é claro. O nome dele é Sra. Up .

E você, teria aceitado a tal carona?

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